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Ministério da Infraestrutura altera modelo de concessão e vai leiloar a BR-381 separada da BR-262

O Ministério da Infraestrutura decidiu desmembrar as rodovias BR-381/MG e BR-262/MG-ES do projeto de concessão das rodovias entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A concessão dessas duas rodovias em conjunto foi tentada pelo ministério, com previsão de investimentos da ordem de R$ 7 bilhões, mas o leilão foi cancelado por falta de investidores.

 

A proposta agora é manter no modelo de concessão apenas o trecho de 297 quilômetros entre Belo Horizonte e Governador Valadares, dentro de Minas Gerais, da BR-381/MG. O objetivo da pasta é leiloar esse trecho em outubro de 2022.

 

Já os cerca de 270 quilômetros da BR-262 entre João Monlevade (MG) e Viana (ES) teriam intervenções diretas do governo para ampliação de capacidade, mas não com recursos orçamentários. Os investimentos serão feitos com parte do dinheiro da indenização pelo acidente de Mariana, causado pela mineradora Samarco.

 

O valor seria na casa dos R$ 3 bilhões para obras de ampliação dessa rodovia. A  decisão foi tomada pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, após acordo  com os governadores dos dois estados e informada também para as bancadas de Minas e do Espírito Santo da Câmara e do Senado.

 

Atual cenário da rodovia

 

Enquanto não é feita a concessão, o governo coloca em prática um plano para manter essas rodovias em bom estado com o orçamento do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). No início de 2022, após fortes chuvas, um trecho da BR-381 foi destruído e está em recuperação pelo órgão. O Exército está apoiando  na manutenção de outros trechos da redovia.

 

A mudança mais profunda no edital (o anterior foi cancelado pela ANTT) deve levar à necessidade de novo período de audiência pública e submissão ao TCU (Tribunal de Contas da União).

 

Ministro otimista com novo leilão

 

O ministro Marcelo Sampaio está otimista de que será possível fazer a concessão da BR-381 até outubro deste ano. A informação é de que pelo menos quatro empresas já estariam dispostas a entrar na concessão nesse novo modelo, após conversas com representantes delas na sede do ministério.

 

Seriam a CCR e a EcoRodovias, que já têm entrado em quase todos os leilões federais da última década. E duas empresas que já operam no Brasil em concessões rodoviárias estaduais, mas ainda não estão em estradas federais, a Sacyr e a Pátria.

 

Via Dimmi Amora, com informações da Agência iNFRA/com alterações

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