ALAGAMENTOS E ENCHENTES EM IPATINGA. ATÉ QUANDO?
Por Alê Silva
Na data de hoje (29/01/2024), mais uma vez tivemos uma espécie de desastre natural em Ipatinga, em virtude das chuvas que caíram ao longo do dia. Não se tem como evitar as chuvas, mas se tem como reduzir os danos deste desastre, cujas medidas, observamos nitidamente, não foram adotadas ao longo dos últimos anos, causando sérios prejuízos aos cidadãos, pagadores de impostos
Ipatinga cresceu vertiginosamente, o que exigia das administrações anteriores o estudo, tanto da malha viária quanto de esgotamento pluvial e do paisagismo urbano. Ou seja, boa parte do nosso território está ocupado por edificações urbanas e calçamentos, o que impede a absorção das chuvas por parte do solo.
Porém, essa exigência natural, não foi atendida. Com isso, não foram realizados planos de arborização e de ações preventivas e ostensivas para limpeza urbana dos canais pluviais. Além disso, as obras de infraestrutura de esgotamento pluvial contemplaram pontos da cidade que já estavam deteriorados (sem a concepção da melhoria do fluxo da água).
Sem isso, sempre que chover, árvores cairão, principais vias encherão e vias paralelas em pontos muito habitados terão grandes chances de deslizamentos ou deformidades.
Ipatinga precisa de gestão inteligente, que pense em resolver os problemas do presente, mas olhando para o futuro. Um governante não pode olhar somente para o seu momento, pois é um servidor eleito de uma cidade para fazer dela um lugar melhor.
Cabe à administração pública local retomar urgente os serviços de limpeza das galerias, podas de árvores (cuidar apenas dos jardins não resolve) e, emergencialmente, ampliar as redes pluviais. Sem essas medidas, os Ipatinguenses continuarão sofrendo os prejuízos que sofreram na data de hoje, com os alagamentos e enxurradas. O que é demasiadamente injusto, considerando o nível de arrecadação do município, para o que, nós todos contribuímos com os nossos impostos e taxas.