TENSÃO NO BAIRRO LIMOEIRO EM IPATINGA: MURO DE ARRIMO EM OBRA INACABADA PÕE EM RISCO MORADORES
MURO DE ARRIMO EM OBRA INACABADA DO MUNICÍPIO DE IPATINGA AMEAÇA DESABAR SOBRE CASA DE MORADORES NO BAIRRO LIMOEIRO
Por Alê Silva
O escritório de apoio da ex-deputada federal Alê Silva foi mais uma vez chamado, no dia 29 p.p., para averiguar as más condições de uma obra municipal inacabada no bairro Limoeiro, em Ipatinga. Trata-se de um muro de arrimo, levantado parcialmente pela prefeitura municipal e que visivelmente ameaça desabar, tendo tudo para atingir casas e pessoas do local. Essa obra fica numa área de servidão entre a rua Nossa Senhora Aparecida e a Av. José Anatólio Barbosa e vem causando sérios transtornos.
Segundo o morador mais próximo da obra, tudo teria começado há mais de um ano quando houve o rompimento de um duto da empresa Copasa.
Houve a intervenção da própria empresa e após, a prefeitura iniciou as obras de contenção, entrando com máquinas e cortando o barranco de qualquer jeito, acomodando blocos de concreto de quase uma tonelada cada. Com as chuvas, as dores de cabeça aumentam, demonstrando a fragilidade do projeto executado. As águas vêm escoando da rua superior (Nossa Senhora Aparecida), descendo pela ladeira, escorrendo pelas laterais dos blocos e infiltrando entre eles, trazendo muito barro e umidade para junto da residência. Também há o risco de desabamento de outro muro, de menor tamanho e mais antigo, o que também causa grande preocupação.
Feita a diligência in loco, observou-se que há um desalinhamento entre os blocos de concreto, que possivelmente foi provocado por algum tipo de erosão subterrânea.
“Não é preciso ser um engenheiro para entender o risco. Eis que, a exemplo do rompimento da barragem de Brumadinho, nenhum evento desta natureza acontece de um dia para o outro. Tragédias envolvendo geotecnia vão dando sinais, como pequenas rachaduras em paredões e movimentações de taludes. Esses sinais geralmente denotam a existência, por exemplo, de alguma fissura, provocada por alguma nascente subterrânea, que em períodos de chuva se torna mais intensa.
Antes de se executar uma obra deste tamanho, deve-se fazer um estudo sério para identificar a presença de qualquer dispositivo capaz de fazer a movimentação do maciço, para daí contê-lo e desviá-lo antes de bloqueá-lo, pois com o tempo, a água, por exemplo, consegue romper qualquer bloqueio. Outro agravante é quanto o excesso pluvial que desce pela encosta em períodos chuvosos, atingindo as casas que estão em níveis mais baixos.
Há a necessidade de se fazer uma obra de captação e desvio pluvial na parte superior. Medidas paleativas servem tão somente para mascarar os efeitos, bem como, retardar os riscos, que podem se concretizar a qualquer momento, podendo inclusive, ceifar vidas.” Diz Alê Silva
Segundo o morador entrevistado, ele já registrou a devida reclamação junto aos órgãos competentes municipais, mas até o dado momento nada de efetivo fora feito para resolver o problema.
Em resposta ao morador e a sua família, a ex-deputada federal Alê Silva se comprometeu a abrir um processo administrativo junto à Defesa Civil do Município de Ipatinga a fim de chamar a atenção para esse fato, antes que pior aconteça.
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