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A doutrinação ideológica nas escolas

   A Constituição Cidadã de 1988 dá direito de voto ao jovem de 16 anos. O que sabe ele de política?

   Como “Cara Pintada” sai ele pelas ruas em demonstrações típicas de oposição. Repete slogans colhidos na mídia, insultando alguma autoridade, quase sempre manipulado por militantes partidários profissionais. A escola e seus professores “fizeram sua cabeça”, incutindo-lhes certas doutrinas carregadas de imprecisas emoções. A escola pública brasileira, mas também as caras escolas particulares da elite, são usinas onde se formam mentes simplórias e confusas mas agudamente hostis ao Capitalismo e aos Estados Unidos da América.

   Sabidamente, todos os sistemas totalitários dedicam especial atenção à formação da juventude. E doutrinam , sob pretexto de ensinar. Impõem uma “verdade”coerente com o poder vigente ou a ser implantado.

   No Brasil, hoje, as noções transmitidas de política e cidadania estão flagrantemente contaminadas de conceitos marxistas, particularmente no ensino de nível médio. O que se ensina nas aulas de História, Sociologia, Geografia, e mesmo em Literatura ou Filosofia, não passa de doutrinação.

   Na maioria dos Estados, a rede pública de ensino está sob controle de docentes sindicalistas, militantes partidários.Os textos escolares, quase sem exceção, empregam o vocabulário marxista, mesmo o mais ortodoxo, como “consciência de classe”, “luta de classes”, “modos de produção”, “exploração internacional”, “imperialismo americano” e a rotineira demonização do Capitalismo.

   O aluno que chega à Universidade vem viciado nos esquemas mentais apreendidos de seus mal-formados mestres de Ciências Humanas.

   No nível superior vão deparar-se igualmente com professores assumida ou sutilmente tendenciosos à esquerda.Ali já teriam critérios próprios que os poderiam imunizar, na melhor das hipóteses. O mal porém já está feito, desde a adolescência, desde a formação de suas opiniões.

   Hoje, o “politicamente correto” proíbe a menor menção vexatória a religiões, culturas, raças, opções sexuais. Mas não se observa o menor escrúpulo em ridicularizar lideranças políticas e autores que não rezem segundo a cartilha esquerdizante. Os métodos de constrangimento vão do sorriso condescendente à perda de pontos por resposta ideologicamente discordante da do respectivo professor. No discurso se propaga a intenção de “formar o cidadão crítico”; na verdade a crítica já é dada pronta, pré-fabricada.

   Concursos e admissão de professores dependem de critérios inquestionavelmente políticos. Exemplos mais flagrantes disso foram observados no Estado do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, onde a máquina burocrática tem sido dominada há décadas por partidos de esquerda. Os textos escolares comprovam o implícito ou explícito marxismo.

  Diferentes dos tradicionais manuais de História, de autores conhecidamente eruditos, os atuais textos didáticos são produzidos em autoria coletiva, portando mínima ou nenhuma titulação. A indústria do livro escolar, seja dito de passagem, de consumo obrigatório e em grande escala, será um dos melhores negócios nas atuais circunstâncias.

   Parcialidades e Distorções

   A ideologia marxista é hoje tão difusa, tão generalizada e consensual em nosso meio educacional, que passa despercebida como sendo apenas uma determinada interpretação da realidade. Tornou-se “A” ciência. Os próprios vocábulos empregados já vêm impregnados de sentido ideológico, começando com a palavra CAPITALISMO, com sua conotação imediatamente negativa. Algumas das teses mais correntes e tidas como inquestionáveis poderão ser assim exemplificadas :

– IGREJA: a imagem projetada da Igreja é predominantemente a de uma instituição implicada com o poder, retrógrada e manipuladora de consciências.

– COLONIZAÇÃO: a colonização européia da América, África e Ásiaé retratada exclusivamente em termos negativos, como imposição cultural e exploração econômica.

– ESTADOS UNIDOS: o extraordinário fenômeno do surgimento desta potência hegemônica fica sem maiores explicações, a não ser em termos predominantemente condenatórios.

– CUBA: uma revolução enfocada com simpatia e louvor sem qualquer ressalva.

– COMUNISMO: o fracasso da experiência comunista e o desmoronamento do Império Soviético vêm obrigatoriamente descrito, mas sem uma análise crítica de suas causas.

– CAPITALISMO: sinônimo de perversão e obstáculo a uma civilização harmônica e pacífica.

   As teses acima podem ser facilmente encontradas na grande maioria dos textos escolares hoje adotados, tanto na rede pública quanto na rede privada. Assim também nos Vestibulares – provas de admissão ao nível universitário – que apresentam questões em que tais ensinamentos são pressupostos.

   Não se trata, de nossa parte, de negar aspectos negativos daquelas instituições e episódios. Mas sim apontar a parcialidade e tendenciosidade dos enfoques. Não se levantam os prós e contras de situações históricas, praticando-se meramente denúncias a bodes expiatórios já de antemão escolhidos. Não se apresentam problemas como problemas, o que seria a finalidade da verdadeira educação.

Autor

Professor Nelson Lehmann da Silva, escritor do livro “Religião civil do Estado Moderno”

Nelson Lehmann da Silva,
Texto reproduzido, original postado em escolasempartido.org

Deixe um comentário

  1. Muito bom o texto. Realmente a Educação em nosso País está um caos: os alunos estão chegando nas Universidades com uma bagagem pobre e na maioria das vezes “Vulgar” O ESTRAGO JÁ ESTÁ FEITO, agora é INVESTIR NAS SÉRIES INICIAIS PORQUE É DAÍ QUE É MODELADO, QUE É SEMEADO COM SABEDORIA OS ENSINAMENTOS…
    GOSTO MUITO DESTE PENSAMENTO DE AUGUSTO CURY…
    “Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude!”
    PROFESSOR E ALUNOS JUNTOS NESTE INVESTIMENTO!

  2. Muito obrigada pelo comentário. São de posicionamentos dessa qualidade que estamos precisamos para remodelar o nosso projeto de ensino.