Parlamentares aliados a Bolsonaro propõem exame toxicológico no Congresso Nacional
Quando alguém ocupa um cargo importante ou uma posição de destaque na sociedade ou na vida pública pode-se dizer que está na vitrine, servindo de exemplo e influenciando diversas pessoas que se identificam com essa personalidade. Seja por carisma, simpatia, conhecimento técnico, opinião, enfim vários são os atributos que podem fazer você acreditar e seguir os passos de alguém, mesmo que não o conheça pessoalmente.
Mas, existem exemplos que embora negativos transmitem uma sensação de super poderes. Efeito, por exemplo, de pessoas bem sucedidas que se envolvem no mundo do crime, como os usuários de drogas ilícitas. Pois então, na política esses figurões ainda ocupam muitas vitrines. Mas, é possível acreditar numa transformação de regras, ao menos?
Afinal, os tempos são outros e estamos de olho no futuro, plantando hoje para colher amanhã. Essa é uma das justificativas de um projeto de resolução protocolado em outubro deste ano, na Câmara dos Deputados, de autoria da deputada federal Carla Zambelli, e que tem como coautores Alê Silva, Coronel Armando, Eros Biondini, General Girão e Júnior Amaral.
Os parlamentares estão propondo com esse projeto de resolução alterar o Código de Ética e Decoro Parlamentar, para exigir a realização anual de exame toxicológico de larga janela de detecção, em todos os deputados federais. E, como consequência caso seja constatado o uso de droga ilícita, o parlamentar será responsabilizado pelo cometimento de infração ético disciplinar, e estará sujeito à sanção de perda do mandato.
A exemplo desta iniciativa, os deputados federais que defendem a realização do exame toxicológico ou popularmente conhecido como antidoping, incentivam a mesma coerência no Senado Federal, a fim de que os membros do Congresso Nacional honrem a confiança do povo brasileiro.
Ao se manifestar sobre essa medida que questiona a ação de drogas ilícitas em senhores que estão incumbidos de elaborar as normas do país, a deputada federal Alê Silva defende o discernimento para que as matérias possam ser deliberadas pelos parlamentares e a não confusão mental, um dos efeitos da droga no organismo.
“Essa é mais uma resposta para aquele parlamentar que quer punir quem não deseja tomar a vacina da Covid-19, ainda comprovação científica. Mais uma vez, ele tenta polemizar em um assunto que não é da competência dele. Se analisarem bem, não cuida nem da saúde física e mental dele, quanto mais dos outros”, diz a deputada Alê Silva.