BR do Mar e Caminhoneiros
Os caminhoneiros e todo o setor do transporte rodoviário de cargas serão beneficiados com o BR do Mar por um motivo muito simples: não existe cabotagem sem o caminhoneiro.
A cabotagem é, por natureza, uma experiência multimodal. Ou seja, não existe sem o complemento de outros modos de transportes. Um navio com 3.000 contêineres significa que 3.000 contêineres precisam chegar ao porto e 3.000 contêineres precisam sair do porto. A cada nova linha de cabotagem, duas novas linhas de transporte rodoviário de cargas é criada. Ou como diz o ministro Tarcísio: “Quando o transporte cresce como um todo, é bom para todo mundo, principalmente, para o caminhoneiro. É bom lembrar que navio não vai em fazenda, navio não para na indústria, não para no supermercado. E o único transporte que faz isso é o caminhão”.
Com o crescimento da intermodalidade (conexão entre todos os tipos de transportes), o Brasil, um país de dimensões continentais, ganha em eficiência logística. E com eficiência, é gerado mais transporte. Mais viagens. Mais oportunidades de crescimento em todos os setores.
O BR do Mar não vai retirar 40% do transporte rodoviário de cargas em longa distância. O projeto estima um crescimento de 800 mil TEUs em 3 anos, o que equivale a cerca de 10 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, o transporte rodoviário de cargas transporta hoje no Brasil cerca de 2 bilhões de toneladas. O crescimento da cabotagem estimado — e que não necessariamente se dará na substituição de modal por outro – não representa sequer 1% do que é movimentado por caminhões no Brasil.
Além disso, o mercado de cabotagem não compete com os principais fluxos rodoviários do país, que são intrarregionais (pelo interior) ou para exportação (interior-litoral). Estes corredores que representam os maiores volumes de cargas transportadas no país não estão disponíveis para cabotagem.
Acredıto no crescımento do nosso Brasıl. Acredıto en nosso presıdente Bolsonaro.