Deputada federal Alê Silva faz solicitação ao MEC para implantar projeto de construção de laboratório fitoterápico na UFTM em Uberaba-MG

Quem nunca recebeu uma orientação ou até aquela recomendação de mãe ou de vó para um remedinho caseiro, que mesmo sem comprovação cientifica é capaz de confortar o coração, diminuir a dor, a aflição e alguns desconfortos com apenas algumas gotinhas, ou até um chazinho? Dando sequência ao projeto de construção de um laboratório de estudos e produção de medicamentos fitoterápicos em parceria com a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a deputada federal Alê Silva já se reuniu, em Brasília, com o secretário Especial do Ministério da Educação (MEC), Paulo Roberto, e com o assessor especial da reitoria da UFTM, Antônio Luiz Veneu Jordão, para formalizar junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) uma quota das emendas impositivas com o objetivo de financiar um projeto que representa avanços para a ciência na produção de medicamentos de baixo custo e de alto padrão de qualidade.

Depois de 40 anos, o personagem principal dessa história está prestes a ter o seu conhecimento eternizado e melhor ainda, multiplicado por meio de uma parceria entre a Universidade Federal do Triângulo Mineiro e a deputada federal Alê Silva, incentivadora e consumidora dos medicamentos fitoterápicos produzidos no laboratório do senhor Enésio de Paulo. Enquanto o sonho não sai do papel, o laboratório funciona em um escritório particular em Uberaba-MG e atende em média oito mil pessoas por ano gratuitamente.

Aos 86 anos, o técnico em telecomunicações aposentado com ajuda de especialistas de diversas áreas da UFTM, vislumbra a oportunidade de oferecer conhecimento a estudantes e cientistas, cultivar as próprias plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos. “Quando o assunto é saúde tratamos de conceitos universais, de protocolos que podem ser aplicados em qualquer parte do mundo. Porém, é preciso ter conhecimento pois também existem plantas venenosas. Por isso é preciso que as pessoas que trabalham com isso tenham conhecimento profundo. É o que estamos nos propondo a fazer”, garante o especialista em fitoterapia.

A sementinha que foi plantada e regada com o apoio do médium Chico Xavier, com quem teve a oportunidade de conviver durante 22 anos, está prestes a se polarizar, depois de muitos anos de estudo e dedicação no cultivo das plantas medicinais. “Mudei para Uberaba em 1972. Conheci o Chico Xavier em 1976 e, a partir daí, comecei a pesquisar plantas empiricamente e a trabalhar sempre focado no estudo para ter consciência do que eu estava fazendo. Agora estou prestes a concretizar esse sonho. Já imaginou você sonhar 40 anos? É muito tempo, né? Agora estou vendo essa possibilidade através dos amigos, da nossa deputada Alê Silva, que está nos ajudando a sonhar pelo Brasil e pelo mundo”, explica o senhor Enésio.

As plantas medicinais serão cultivadas em uma fazenda, numa área doada, e a produção dos medicamentos será fabricada em um laboratório construído pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro em outro terreno. Para executar o projeto do Laboratório Fitoterápico, a deputada federal Alê Silva visualizou a indicação de recursos por meio de emenda impositiva, e já deixou estabelecido, em um contrato, que esses remédios fitoterápicos sejam distribuídos a população tanto do Triângulo Mineiro, quanto do Vale do Aço.

“Minha principal satisfação é realizar o sonho de uma pessoa, que mais da metade da sua vida se dedicou a fazer o bem ao próximo sem nada em troca com a produção dos medicamentos fitoterápicos. A intenção é incentivar a produção em larga escala para atender uma rede de farmácias, a custo baixo ou quem sabe a custo zero para a população carente. O projeto é ousado no que se refere ao registro desse conhecimento como um ganho para toda a humanidade”, conclui a deputada federal Alê Silva.

A UFTM trabalha com um cronograma de ações amplo, que vai desde a transferência do conhecimento do senhor Enésio para as equipes de agrônomos que vão aprender a cultivar e para a equipe técnica da área de pesquisa, que vai levar os medicamentos aos ambulatórios da Universidade e fazer a pesquisa clínica. A parte de documentação das plantas medicinais vai enriquecer a farmacopeia brasileira, já que hoje a maioria das plantas não é de origem nacional. Essas são algumas das possibilidades desse no resgate do conhecimento, prevendo benefícios há milhões de pessoas.