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Inflação recua e registra menor taxa em 42 anos

Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação do Brasil registrou queda de quase 0,70% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 9. A redução é a maior da série histórica do IPCA, iniciada em 1980.

 

O resultado foi influenciado, principalmente, pela retração nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e da energia elétrica, segundo o levantamento.

 

Em 20 de julho, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,20 no preço médio da gasolina vendida às distribuidoras. Além disso, a lei que diminuiu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia e comunicações, sancionada no fim de junho, também contribuiu para o índice.

 

Outro grupo que contribuiu para o resultado da inflação foi vestuário, com uma desaceleração de 1,67% para 0,58%, depois de apresentar a maior variação positiva entre os grupos pesquisados entre maio e junho. “Tivemos uma queda muito forte no preço do algodão, que é uma das principais matérias-primas da indústria têxtil, no final de junho”, esclareceu Kislanov.

 

Também mostrou ritmo de desaceleração o grupo de saúde e cuidados pessoais (0,49%) devido à variação inferior dos valores dos planos de saúde, na comparação com o mês de junho, e à queda de 0,23% dos itens de higiene pessoal, frente à alta de 0,55% em junho.

 

Em contrapartida, o setor de alimentação e bebidas acelerou no mês de julho. O resultado foi puxado pelo leite longa vida. “Essa alta do produto se deve, principalmente, ao período de entressafra, que vai de março a setembro, ou seja, um período em que as pastagens estão mais secas e isso reduz a oferta de leite no mercado e o fato de os custos da produção estarem muito altos”, comenta o gerente da pesquisa.

 

No ano, a inflação acumulada é de 4,77% e, nos últimos 12 meses, de 10,07%.

 

Via Revista Oeste

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