ESCOLA DE MÚSICA FÁBRICA DE SONS APRESENTA O ESPETÁCULO SHOW DE ALUNOS EM IPATINGA
O ser humano é o que ouve e a música, que é considerada a 1ª arte, tem papel fundamental nisto.
Uma aula de música ao vivo, sinta esse som…
Numa fase da humanidade, em que a mente se vê dominada pelas informações transmitidas através de telas, tocar um instrumento musical pode ser um refúgio delas, considerando que o seu excesso pode comprometer a cognitividade do raciocínio, devido ao cansaço mental provocado, o que aparece até mesmo de forma impercebida.
A escola de música Fábrica de Sons, com as suas unidades no bairro Serenata em Timóteo e outra no bairro Horto em Ipatinga, oferece cursos de música sobre os mais diversos tipos de instrumentos e canto, não importando a idade. Lá encontramos alunos do ensino maternal, até àquelas pessoas já bastante experimentadas pela vida. Também não importa se a pessoa tem o dom para a música, basta ter vontade de aprender e dentro do possível, dedicação.
No dia 03 de dezembro, no Teatro Zélia Olguin em Ipatinga, a escola Fábrica de Sons apresentou o espetáculo Show de Alunos, que foi dirigido pelo Professor John Anders, que nos dá o seguinte depoimento:
“Neste espetáculo não se espera a perfeição de profissionais, pois as grandes estrelas são os alunos, que veem nesta apresentação a oportunidade de testarem os seus potenciais e mostrarem aos seus familiares e amigos, o quanto conseguiram desenvolver nos seus aprendizados ao longo do ano. É também uma prova de autocontrole e na maioria, de superação, pois muitos lutam para vencer a timidez, por exemplo. Na realidade, quando nós professores nos apresentamos ao grande público juntamente com os nossos alunos, nós demonstramos uma aula ao vivo. A plateia gosta muito, pois sempre demonstra carinho e simpatia para com os nossos alunos”
A apresentação contou com mais de cinquenta componentes, entre alunos e professores, que tocaram os mais diversos tipos de instrumentos e cantaram diversas modalidades de canções, inclusive o baião, representado pela canção Asa Branca de Luiz Gonzaga, melodia dedilhada pela aluna Alê Silva em seu acordeom, que foi acompanhada em vozes pela plateia e que aproveitou a oportunidade para falar um pouco sobre o resgate da cultura e das tradições de Ipatinga e região. Em entrevista, considerou:
“Acima de tudo, tocar um instrumento musical eleva a nossa espiritualidade e nos faz conversar com o Divino, aumentando a nossa conectividade com o belo, com o justo, melhorando os nossos relacionamentos interpessoais com as coisas que ELE criou. Não pretendo ser uma profissional da música e nem sei se um dia vou participar de um grande festival. Quero apenas continuar usufruindo desse refúgio e servir de exemplo para que outras pessoas que, mesmo em idade mais avançada e consideradas sem qualquer talento para a música, tenham a vontade de enveredar por esse caminho.”
Olhamos para o futuro, sem nos esquecer do passado. O teatro Zélia Olguin, cujo prédio já foi uma igreja católica, faz parte da nossa história, pois foi inaugurado em Outubro de 1994 e serviu de palco para vários grupos teatrais amadores e profissionais, que deram início às suas carreiras por aqui. A própria percussora de seu nome, pioneira de Ipatinga, professora de danças espanholas, criadora do grupo Endança (1986), foi um exemplo de artista que dedicou boa parte de sua vida para o desenvolvimento da cultura local.
Apesar da escola Fábrica de Sons de Ipatinga ter o rock como seu principal estilo musical, ela não descarta a possibilidade de acampar a criação de um documentário, a ser registrado em contos, versos e cantos, falando sobre a história de Ipatinga, que é riquíssima em conteúdo de interesse social. “Quem conhece o seu passado, as suas origens, tem melhores condições de se enfrentar o futuro” enfatiza Alê Silva.