E agora, a conta do “fique em casa” chegou
Desde criança ouvimos nossos pais dizerem que DINHEIRO não cai do céu, e não caí mesmo. Afinal, nos dedicamos ao trabalho para garantir o ganha pão e o nosso sustento. Caso contrário, o trabalho se tornaria voluntário.
Muitas questionam: se o governo tem a Casa da Moeda, porque ele não fabrica dinheiro e entrega para as pessoas, na quantidade o suficiente para elas viverem bem e sem trabalhar? Mas, a gente sabe que as coisas não são bem assim.
Imaginemos que o governo federal decidisse fabricar dinheiro e entregar uma quantia “x” para que cada pessoa pudesse viver bem, inclusive sem trabalhar. Onde você acha que iriamos parar?
Garantir que o alimento chegue até a sua mesa não depende exclusivamente do dinheiro. Depende também da produção agrícola, do processo de industrialização e de embalagens de alguns alimentos, do transporte das mercadorias e até de mão de obra para organização da gondolas nos supermercados. Sendo assim de que valeria o dinheiro?
É fato de que a rotina das famílias, que passaram a ficar mais tempo em casa e a gastar parte maior de sua renda com alimentação, impulsionaram o aumento nos preços de produtos e serviços. Produtos básicos no dia a dia, como arroz, feijão e até produtos de limpeza, estão custando o olho da cara, como diz minha vizinha.
O “fique em casa” trouxe efeitos colaterais, mas não foi por falta de aviso. Como se não bastasse, parte significativa deste aumento deve-se à especulação sobre os preços de alimentos no sistema financeiro mundial, onde os grandes monopólios lucram enquanto os povos do mundo morrem de fome, e sobretudo ao pânico causado pelos governadores e prefeitos, determinando que todos permanecessem em suas casas para evitar a contaminação pelo vírus chinês.
O desemprego e redução na produção das mercadorias são consequências da política desastrosa adotada pelos gestores que ganharam carta branca dos ministros do STF. Mas o brasileiro é um povo forte. Já mostrando esse poder de superação várias vezes, e mesmo com o consumo em alta, as pessoas não deixaram de consumir e de acreditar nas promessas do nosso presidente Jair Bolsonaro.
A alta de preços, principalmente nos alimentos, sentida nos bolsos, é um reflexo desta crise, do qual o governo federal tentou evitar ao máximo. O próprio mercado tratou logo de se impor, diante de sua auto-regulamentação, para não deixar esses bens de consumo entrar em efetiva falta para a população e o sistema colapsar. Vale lembrar que o cenário na economia mundial hoje é bem diferente do otimismo que tomou o mercado no final de 2019.
A linha do consumo se estendeu bem mais do que a linha da produção. Quando há esse desencontro, há o risco de inflação. Isso nós já vínhamos suscitando desde o início. Por isso fomos contra aqueles que trancaram o comércio e ameaçaram prender quem desobedecesse. Não há outra saída. Precisamos voltar a produzir o mais rápido possível. É hora de pesquisar preços e seguir em frente. O Brasil não para!