Deputada Alê Silva sai em defesa da Dra. Nise Yamaguchi
A deputada federal mineira Alê Silva saiu em defesa nesta terça (01), da Dra. Nise Yamaguchi, pelo constrangimento que a médica imunologista e oncologista passou na CPI da Covid no Senado.
“Eu repúdio veementemente a forma desrespeitosa com a qual Omar Aziz e Renan Calheiros conduziram o depoimento da Dra. Nise Yamaguchi na CPI. Uma senhora de 62 anos dos quais 40 anos são dedicados a medicina não precisava e não merecia passar por isso. Minha solidariedade e respeito com a Dra. Nise, brilhante e excepcional médica”, disse Alê.
Dra. Nise foi submetida a situação vexatória e interrompida várias vezes pelos senadores. O tratamento dado a Nise não foi o mesmo concedido a outras testemunhas. Durante seu depoimento, a médica afirmou que a vacinação e o tratamento precoce são estratégias diferentes, mas igualmente importantes durante a pandemia. Yamaguchi é médica oncologista e imunologista, tem 62 anos de idade dos quais mais de 40 anos dedicados a salvar vidas.
Questionada pelo senador Renan Calheiros, relator da CPI, sobre vacina e tratamento, Nise explicou que se referia a duas questões separadas: a vacina relacionada com a prevenção e o tratamento precoce para pessoas já infectadas. “Eu considero que sim, são situações semelhantes: vacina é prevenção, e o tratamento é precoce”, declarou.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), reagiu às afirmações da médica e pediu para quem assistia à CPI “desconsiderar o que ela está dizendo”. Alvo da operação “Maus Caminhos”, deflagrada em 2016 pelo Ministério Público Federal (MPF), Omar Aziz é investigado por desvios na Saúde quando foi governador do Amazonas (entre 2011 e 2014). O presidente da CPI da Covid-19 também já foi investigado por pedofilia.
O presidente Jair Bolsonaro também deixou sua mensagem de apoio a médica. “Minha solidariedade a Dra. Nise, médica e cientista com extenso currículo, que participou de um verdadeiro tribunal de exceção. É inadmissível que profissionais de saúde sejam tratados de forma tão covarde. É preciso respeitar a autoridade e a autonomia médica. Médicos devem ter liberdade para salvar vidas e isso vem sendo ameaçado por um grupo politico que atua visando somente atacar o governo enquanto nega investigar desvios de recursos para o combate a pandemia”.